Um dia, numa daquelas reportagens que as televisões transmitem na época natalícia, aos sem abrigo de Lisboa, uma senhora reconheceu o irmão que há muito não via. Partiu para a capital à procura dele e ofereceu-lhe tudo o que tinha, que não era muito, inclusive um tecto.
O irmão não aceitou nada, sabe-se lá porquê, talvez adivinhe, continua a viver numa rua de Lisboa mas, de vez em quando recebe a visita da família, que não o esquece.
Esta é uma história real, conheço alguns dos intervenientes.
Porque não olhamos para eles quando passamos a seu lado? Temos vergonha deles, da sociedade em que vivemos ou de nós mesmos?
Brown Eyes
Comentários
Lindo vídeo e história! bjs, chica
Estas coisas comovem-me imenso...
Sem os conhecer já sinto vontade de poder ajudar a todos!
beijinhos
http://princesamae.blogspot.pt/
Não sei qual seria a minha reacção... agora que penso nisso, se calhar não a via, pois impressiona-me muito as pessoas que vivem na rua e prefiro não olhar, acho que sou eu que tenho vergonha de as encarar.
Estou muito comovida...
beijinho
Fê
Beijinhos
這個空間只是用來接收什麼發表評論。我很欣賞你不要再使用它作廣告。感謝你
http://observador.pt/2015/02/18/o-outro-lado-da-historia-sem-abrigo-reddit/
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/homem-que-gerou-onda-de-solidariedade-na-internet-e-acusado-de-burla-1686531
Infelizmente há quem se aproveite de quem tem bons sentimentos e não sabemos quem realmente precisa ou quem está a dar o golpe do baú.
Quem pode ajudar vive num dilema constante: ajudar directamente ou ajudar uma instituição que em principio canaliza o dinheiro para quem precisa?
Beijinhos
Temos que fazer o que a nossa consciência nos diz e pouco mais lamentavelmente.
beijinho
Fê
Beijinhos
Eu continuo muito ausente e o tempo continua a ser o meu maior inimigo.
Pois é, nem olhamos para eles porque nos dói que esta sociedade marginalize seres vivos, neste caso humanos, a tal ponto que nem direito a um tecto têm. Beijinho Grande e obrigada pela visita.
O seu blog é interessante! E logo eu que gosto de discutir temas sobre a sociedade! Vou segui-la!
Beijinhos,
Mariana B.
Já agora o meu blog é de fotografia, revelando um pouco a minha visão e sensação do dia a dia: www.marylandeosoutros.blogspot.pt
Falando agora do tema do post quero dizer-te que concordo com o que dizes , vivemos muito fechados, com medo, a segurança nos últimos anos tem diminuído bastante, andamos numa correria constante, acabamos por perder o contacto até com os amigos, esquecemos o quanto é enriquecedor conhecer novas pessoas, com maneiras de pensar diferentes. Adorei ouvir-te falar da senhora com quem te cruzas todos os dias e saber do tempo e atenção que lhe dedicas. Não desistas porque um dia consegues que ela se abra contigo e possam manter uma conversa. Não devemos negar um olhar, um sorriso, uma palavra, no entanto negamos porque não nos apercebemos da importância que isso tem para alguém que nada tem. Tornámo-nos tão egoístas que deixámos de dar valor aos outros, ao seu sofrimento, à sua solidão. Temos vergonha de encarar a realidade e em vez de a enfrentarmos e lutar para alterar o que está errado preferimos enterrar a cabeça na areia. Assumir isso talvez nos leve a tomar uma atitude e a alterar mentalidades. Todos nós estamos sujeitos a ser um futuro sem abrigo e todos nós devíamos saber que vivemos numa sociedade onde os mais fracos não têm oportunidade. Os mais fracos não são os menos inteligentes mas sim aqueles que não sabem jogar. Beijinhos e obrigada
Só as instituições dedicadas ao problema (se as há) podem fazer muito e nalguns casos, nada!
O problema é muito complexo!
No Brasil, estive 3 meses e passava muitas vezes por uma mulher -sem abrigo- comia a comida que o restaurante lhe dava e dormia (mesmo de dia) debaixo da sombra de uma árvore, com um cobertor por cima e de gorro na cabeça.
Passava muita gente e ela dormia...
Me interessou saber das suas razões. Ela tinha família, não queria viver com eles e a cabeça talvez não estivesse bem e só a policia federal a podia levar para uma instituição, onde fosse possível cuidar dela e ela ficar sempre.
Mas...ela preferia a rua
e não queria uma casa,
um teto, uma família!
Queria ser livre e era feliz.
Não pedia esmola, não incomodava, a rua era dela e para ela, isso era o suficiente e não trocava essa vivência por nada!
São Paulo tem cerca de 18 milhões de habitantes - 12m na parte nobre e 6m nos limítrofes.
Passei por ela muitas vezes
e nada podia fazer por ela
e ela era um caso complexo
com família,
mas gostava muito mais
da liberdade da rua do que de tudo quanto a nós nos fascina.
Compreender
analisar
tentar mudar
Quem o podia fazer?
Ela amava a rua
Amava a liberdade da rua!
Difícil de entender
e ajudar,
impossível!
Há coisas que nos ultrapassam!
Com carinho,
Maria luísa
Beijinhos e obrigada pela visita
Um beijo :)
Obrigada pela visita e pelo comentário