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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2009

Por um Acaso...

Hoje é dia de aniversário, aniversário deste cantinho, onde estão presentes as minhas qualidades e defeitos, o meu pequenino e modesto mundo. Com estas reflexões, primárias, tive oportunidade de conhecer pessoas que me cunharam. Que me cunharam pelas suas capacidades de comunicação, de linguagem, de raciocínio, de introspecção, de pugna, pela sua sensibilidade, firmeza, segurança, simplicidade, franqueza, sinceridade, pelo seu carácter, pelas suas capacidades humanas e humanitárias. Elas contribuíram para ampliar a minha quimera, os meus devaneios, os meus conhecimentos, informaram-me, mimaram-se, apoiaram-me e respeitaram-me. São elas as heroínas neste dia, a quem tenho que agradecer a cooperação e presença. A ti, que hoje também fazes anos,que me desvendaste a beleza da vida, que me transmitiste esta paz que tanto ansiava, que ordenaste a minha existência, fica um obrigado, um agradecimento eterno. Brown Eyes

A Perspectiva da Existência

Petiz, desarmada, imaginava que quando fosse “grande” o horizonte se tornaria límpido, que poderia ver com nitidez o que ficava para lá da linha. À medida que os anos passaram a linha foi-se distanciado. Sentei-me muitas vezes a tentar perceber o porquê, mas a vida continuava a decorrer e, eu, obrigava-me a erguer-me. Vezes sem conta fiz a mala e parti, outras tantas modifiquei o percurso. Em vão. A vida que imaginei atrás da linha parecia um capricho, um capricho para alguém que tão concretamente aspirava conquistas. Sei que se fosse dúctil há muito tinha chegado, não se teme quem nada quer, não se atraiçoa quem julgamos débil mas apunhala-se, pelas costas, quem imaginamos infrangível. Incorrigivelmente fui caminhando, lacerada, despedaçada, sangrando por te teres sumido. Não seria por ti que eu rebentaria num báratro. Quantas vezes mo gritaste mas, aquilo que ainda restava de mim, erguia-me assombradamente. Monstruoso era o sentimento que imanava de ti, alguém afável, terno, compassi

Perdida e Achada

Ela, Licenciada em Economia, desloca-se num Mercedes Classe A “Special Edition” , vai às compras a Paris, Londres e Milão, passa férias no Dubai mas, por incrível que pareça, não perde um mexerico. É vê-la deambulando pela internet à procura do Big Brother, brasileiro, alemão ou francês, pouco importa. Perde horas a observar a vida alheia, mais atenta do que se da dela se trata-se. E os blogs? Como ela gosta dos triviais, daqueles que falam da vida privada, tal e qual ela é, os de moda, os que apresentam o último grito em roupa, pintura ou calçado, que interessa? Têm é que falar das banalidades do dia a dia, de bisbilhotices, das quezílias entre marido e mulher, pais e filhos, entre vizinhos ou, até, do novo namorado. Assim, a Maria, vai entulhando a insatisfação que lhe destrói as entranhas, a insatisfação de viver no mundo que foi eleito para si, eleito para si mas não por si. A vida pouco a tem compensado, uma vida de submissão à vontade do pai, que sempre a sonhou doutora, que a

Onde está Ronaldo?

Não tem muita fama, é simples, não tem na retaguarda uma máquina publicitária, não desloca multidões,  não se conhecem dele histórias com Paris Hilton, nem outra qualquer menina rica, não se sabe se tem conta no BES, mas foi ELE que permitiu que Portugal se mantenha na luta pelo apuramento  para o Mundial 2010. Bem, há muito que eu duvido de todo o produto com muita publicidade mas, agora,....Os Espanhóis começam já a pensar como eu. Brown Eyes

Quem me dera ter vinte anos

Quantas vezes já ouvimos esta frase? Não são dezoito, vinte e dois ou vinte e quatro, são vinte anos. Porquê vinte anos? Porquê voltar atrás? Será que o presente não cativa o suficiente para querermos permanecer por aqui? Quantas vezes pensei nesta frase e quantas vezes conclui: Não quero voltar atrás. Estou mais velha, é certo, como também é certo que a saúde não é a mesma, assim como não é menos certo que não consigo mais passar pela noite a ver um filme ou até a ler mas não quero, mesmo assim, voltar atrás. Perdi juventude, é certo, mas ganhei tanta coisa. Ganhei experiência. Hoje é difícil que algo me tire o sono, caio na cama como uma pedra. Ganhei paz. Antigamente revoltava-me um simples mexerico, afinal se eu não falava de ninguém porque teimavam em falar de mim, era o suficiente para não dormir. Ninguém para mim era o suficientemente importante para que eu, nas costas dela, cobardemente, andasse com ditos e mexericos. Porque elas, são elas normalmente que mexem e remexem, n