A educação é o pilar mais
importante de uma sociedade. Aprender a conhecer, a ser, a fazer e a conviver,
criam a base para que qualquer ser humano possa viver em sociedade. A quem
cabe a transmissão destes conhecimentos?
Há hoje uma fuga à
responsabilidade e uma confusão quanto ao dever de educar. Esta
responsabilidade não é exclusividade de ninguém mas, de todos aqueles envolvem o
educando.
Esta correria desenfreada em que
vivemos acaba por nos fazer esquecer que, todos somos responsáveis, todos
devemos educar, por mais trabalho e problemas que isso nos possa trazer.
A escola não educa porque é mais
fácil deixar essa responsabilidade para os pais (Quem quer perder tempo com
relatórios infindáveis que não levam a lado nenhum, ou, ainda, ser penalizado
por um pai arrogante e ignorante?), os pais, por sua vez, não educam porque
cada vez mais são obrigados a disponibilizar todo o seu tempo livre para
arranjarem dinheiro, não só para o suporte familiar mas, também, para suporte
do Estado. Quando chegam a casa já não vêem nem ouvem, estão estoirados, dez
horas ou mais, numa labuta laboral sem incentivos, por obrigação, a troco de
uns trocos que cobrem as contas base mensais, que deixam a descoberto as
obrigações fiscais e paternais, não estão disponíveis para conversas nem para
convívio, acabando por ser a TV o único veículo de educação naquele lar que, de
lar, apenas tem o nome.
Nesta palavra, lar, está implícito bem-estar,
felicidade, sorte, êxito, que na maior parte dos “lares” não existe. Em seu
lugar encontramos uma “guerra” constante que muitas vezes desconhece os
adversários, e se faz por hábito. Não há clima para educar, nem vontade, educar
dá trabalho, leva tempo, implica persistência, firmeza, estabilidade.
Estabilidade… Quem vive em estabilidade? Quem nos transmite essa estabilidade?
Muito poucos conseguem sentir estabilidade, segurança e equilíbrio na sociedade
em que vivem. Sabem, pelo contrário, que o que hoje é, amanhã o mais certo é
que deixe de ser.
Consegue, assim, o eixo da educação atingir rotação
suficiente para atingir o seu móbil? Impossível mas, o mais preocupante é que
andem todos à volta de um círculo fechado, sem hipóteses de encontrarem a
abertura de saída deste enredo, que desconheçam a implicação da sua atitude na
criação da personalidade dos homens de amanhã.
Alguém se lembrou, um dia, de
achar que educação não implica emendas e proclamou-o aos quatro ventos mas,
esqueceu-se que há excepções, esqueceu-se de explicar como essas são
disciplinadas. Educação tem que ter disciplina, admite ordem, método,
organização, obediência e respeito.
Alguém se lembrou, um dia, de que
pais presentes era prescindível, eles podiam ser substituídos, por creches,
jardins-de-infância, amas, avós ou, até, pela TV, internet, etc. Ninguém se
lembrou que, numa família, tempo é mais que dinheiro, é benefício, aposta no
amanhã.
Pode um país crescer
economicamente quando tem famílias cativas, educação de algibeira e filhos que
aprenderam que a única obrigação que têm é exigir? Um país que diminui com o
crescimento das imposições?
Ninguém pediu para nascer mas
todos queremos crescer e, sem educação não se cresce, cria-se um monstro a que
tudo parece possível, mesmo a invasão do espaço alheio, não deixando, no
entanto, de preservar, a ferro e fogo, o dele.
Não será já tempo de garantir o
amanhã?
Escolaridade obrigatória, só por
si, garante educação?
Educação e Liberdade são
compatíveis?
Brown Eyes
Comentários
A escolaridade obrigatória é fundamental e necessária mas obviamente que não garante educação, quando as condicionantes são todas aqueles que bem sublinhaste.
A educação devia ser compatível com a liberdade, mas sabemos que na prática não o é.
Portanto para garantir o amanhã teria que haver mudanças drásticas nas políticas de educação e não só, e acho sinceramente que estamos muito longe dessas mudanças.
Resumindo o cenário é muito mau.
beijinho
Fê
Temos muiiiiiiiiiito a andar nessa carruagem até chegar onde seja o aceitável para um ideal! bjs, tá lindo o teu blog! bjs,chica
Escolaridade Obrigatória? Para quê?
É claro que, para determinados governantes, não convém ter indivíduos Educados, Esclarecidos, com capacidade de saber Interpretar, Correlacionar, Inquirir... É muito mais fácil manipular mentes que não percebem o poder que possui o Conhecimento.
Mas, se realmente, houvesse interesse em incentivar a Educação, entre vários fatores, deviam preocupar-se em diversificar o Ensino. Já se sabe que existem diferentes Inteligências, então porque não ir de encontro a cada uma? Porque todos têm que ser ótimos em História ou Matemática, etc? Ah! Mas isso implicava em ter turmas menores, mais cursos, mais disciplinas; logo, mais Professores... oops! Isso é que não convém!
A educação é um dos pilares básicos de um país e é uma tristeza ver como se continua a fazer gato sapato dela ao longo dos últimos anos, em Portugal.
Este governo tem sido dos mais pródigos e sob todos os aspectos a infligir os maiores atropelos à educação neste nosso martirizado país e principalmente revolta o que se tem feito da classe docente.
Mais que uma vergonha, é um crime...
O que vemos é que cada vez mais, eles se demitem de cumprir a sua missão.
Depois vem a própria Sociedade, expressa no Estado. E esse, então, o que procura fazer é reduzir tudo à mais simples expressão...
Saudações poéticas!
Obrigada pelo comentário
Y abundante paz muy dentro de tu corazón.
Un abrazo cálido !!!
De Tu amiga
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▼VICTORIA
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familia. Beijinhos
Em qualquer caso, a tua abordagem é muito boa, já que tocas em muitas das fragilidades das nossas escolas.
Cheguei ao teu blogue por mero acaso. Dei uma vista de olhos e gostei. Voltarei, por isso.
Mary Brown, espero que o teu Natal tenha sido muito bom. Desejo que tenhas um bom domingo e um Feliz Ano Novo.
Beijo.
Tive um bom Natal, obrigada, e espero que 2015 seja para todos um ano a lembrar porque foi ele que concretizou todos os nossos desejos. Obrigada pelo comentário.
Quando entendermos isto, nossas famílias assumirão a educação, sem ter que ser obrigatória e a ENSINAÇÃO , como necessária para o indivíduo crescer e desenvolver sadiamente no CONMHECIMENTO.
OTEXTO TÁ LINDO, APENAS COLOQUEI MEU PONTO DE VISTA. BJINHOS.
Beijinhos
E ainda permanece na sombra
das dúvidas!
Maria Luísa Adães
"os7degraus"
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