Avançar para o conteúdo principal

Que Encontro!


Vivemos num país que é o jardim da Europa  à beira mar plantado (Tomás Ribeiro (1831-1901) - no poema “A no poema A Portugal).

Que está à beira mar plantado é uma verdade inquestionável.

Um jardim? Tenho dúvida que o seja. Os seus habitantes não contribuem para isso.


O motivo deste pequeno texto são as boas maneiras, o civismo e a educação deste povo.

Cuspir no chão?
 
Revolta-me de tal ordem que não consigo calar-me. 
Conheço pessoas que a cada passo cospem, aliás por isso as conheço. Não pelas suas boas atitudes mas,  porque cospem no chão.
Que farão quando estão no trabalho ou em casa? Também cospem no chão? 

Hoje, estava prestes a cruza-me com um casal quando, ela, arrancou das suas entranhas toda a expetoração que tinha, com um som que me feriu os ouvidos (pensei imediatamente: não me digas que vai cuspir aquela porcaria?). Olhei-a, à espera do que se seguia e só vi uma bola enorme amarela ser arremessada para o chão.
Não acredito. Esta mulher não tem vergonha, educação, sei lá, não tem nada, só porcaria dentro dela.
Já vos tinha dito: não consigo calar-me, pois não me calei.

- Minha senhora, por amor de Deus, o que fez é MUITO mas MUITO PORCO.

Que respondeu ela?

Rezou. Não utilizou  a Ave Maria nem o Pai Nosso mas sim um chorrilho de palavrões.

Virei costas e continuei o meu passeio, desejando que aquela dita senhora na próxima vez que limpar as suas sujas entranhas, se lembre das minhas palavras.

Se eu acredito que assim seja?

Não. Não acredito.
Ela vai continuar a poluir todas as ruas em que passar.

Os lenços de papel são baratos, sem dúvida, mas até esses têm que ser postos no caixote do lixo.

Confio que essa mulher comece a usar lenços de papel e os deite para o lixo?
Não.

Este país está plantado à beira mar mas tem cidadãos muito sujos: por dento e por fora.

Nem sempre pensam nas aparências. Se o fizessem tentariam limpar o seu interior sem sujar o que e quem os rodeia. 

O azar existe. Esse é o motivo que nos leva a cruzar-nos, na vida, com pessoas tão porcas, tão porcas, que seria difícil encontrarmos a palavra correta para as descrever.

Maldito azar ou sina. Chamem-no como quiserem.
 


Comentários

chica disse…
Realmente falta muito de educação, respeito e civilidade nesse mundo,seja na cidade ou no mar!!! Pena!! bjs, chica
Brown Eyes disse…
Chica pena enorme que num país dito civilizado se vejam cenas destas. Ficamos com tudo revolto.
Espero que este post seja lido por essa gente que anda por aí a espalhar a porcaria que tem dentro.
Beijinhos e mais uma vez obrigada por estares tão presente neste blog e na minha vida.

Mensagens populares deste blogue

A droga da fama

Ao longo da minha vida fui tirando conclusões que vou comparando com os acontecimentos do dia a dia. Muito cedo descobri que ser famoso, ser conhecido, ou até mesmo ter a infelicidade de dar nas vistas, mesmo sem nada fazer para e por isso, era prejudicial, despertava inveja e esta, por sua vez, tecia as mais incríveis teias. Todos, algum dia, foram vítimas de um boato. Todos descobrimos a dificuldade em o desfazer, em detectar a sua origem mas, todos, sabemos qual o seu objectivo: ceifar alguém. Porque surge ? Alguém está com medo, medo de que alguém, que considera superior, se o visse igual ou inferior não se sentiria barricado, lhe possa, de alguma maneira, fazer sombra. Como a frontalidade é apanágio apenas de alguns e porque, a maior parte das vezes, tudo não passa de imaginação, não se podendo interpelar ninguém com base nela, não havendo indícios de nada apenas inveja parte-se, de imediato, para o boato. Assim, tendo como culpado ninguém, porque é sempre alguém que ouviu

Carnaval de Vermes

Vermes, quem são? Aqueles que jogam sujo, aqueles que não medem meios para chegarem a um fim, aqueles que prejudicam deliberadamente, aqueles a quem eu afogaria à nascença e sou contra à justiça feita pelas próprias mãos mas, afogava-os, com todo o prazer.  Não merecem viver,  muito menos relacionarem-se com gente. Vocês acham que sou condescendente só porque o verme é vizinho, conhecido, amigo ou familiar? Não. É verme e  como tal não lhe permito sequer que respire o mesmo ar que eu.  Se todos pensam assim? Não. Há quem pense que temos que aceitar certo tipo de vermes, que há vermes especiais,  os   do mesmo sangue, porque fica bem haver harmonia no lar ou até porque … sei lá porquê, não interessa.   Não sei? Não será porque têm medo de serem avaliados negativamente, pela sociedade, se houver um verme na família, se tomarem uma decisão radical para com esse verme? Se for filho têm medo que o seu papel como progenitores seja posto em causa, que isso demonstre que falharam, que  

Surpreendida com rosas

Um dia, há uns anos largos, anos cinzentos, daqueles em que tudo se encrespa, entra pelo meu gabinete uma florista, que eu conhecia de vista, com um ramo enorme de rosas vermelhas e uma caixa com um laçarote dourado. Ela: Mary Brown? São para si. Eu: Sim, mas,… deve, deve haver aí um engano. Não faço anos hoje, nem conheço ninguém capaz de me fazer tal surpresa. Ela: Não há não. Ligaram-me, deram-me o seu nome, local de trabalho, pediram-me que lhe trouxesse este ramos de flores, que lhe comprasse esta prenda e que não dissesse quem lhe fazia esta surpresa. Aliás, acrescentaram, ainda, que a Mary nem o conhece mas, ele conhece-a a si. Eu: O quê? Está a brincar comigo, não? Não, não posso aceitar. Fiquei tão surpreendida que nem sabia como agir, aliás, eu estava a gaguejar e, acreditem, não sou gaga. Ela: Como? Eu: Não posso aceitar. Não gosto muito de ser presenteada, prefiro presentear, muito menos por alguém que não conheço. Imagine!  Era só o que me faltava. Obrigada mas não