O tempo é tão importante como o ar que
respiramos. Dizem que o tempo cura tudo mas, para mim, ele aclara, desmascara,
descobre e faz surgir a falsidade.
Quer queiram quer não, a vida não é um teatro
portanto, o pano não cai quando termina a peça, cai quando os outros o arrancam.
Pensar que somos tão
espertos que passaremos uma vida a atraiçoar os outros é, sem dúvida, um
pensamento demente, para não dizer psicopata.
Ninguém sabe tudo.
Normalmente, quem julga que sim acaba por cair de um arranha-céus e jazer num
solo infértil.
Quem tanto apregoa ser
livre é o cobarde, o maniatado, aquele que nunca soube o que era ter
personalidade, querer e enfrentar tudo o que surge na vida, resultado dos seus atos.
Tem sempre alguém a seu lado, não consegue viver só. Assim, pode atirar
a culpa ao outro. Adora esconder-se atrás da cortina.
Estes, o melhor é
procurarem uma besta, só ela conseguem ter a seu lado. Os antolhos só a deixam ver,
e mal, o que está à sua frente.
Dizem-se modestos,
simples, moderados nas suas atitudes, que procuram o equilíbrio, a harmonia e
que adoram ouvir os outros.
Cuidado! São
precisamente ao contrário: São pretensiosos, arrogantes, complexos, desmesurados
nas suas atitudes, desequilibrados, desarmónicos, e adoram ouvirem-se a si
próprios porque, pensam, que eles são os únicos donos da verdade.
A
pessoa livre é aquela que vive com a verdade (a mentira nunca a amarra), que é
justa, que valoriza a sabedoria dos outros, que tem valores, que não é
calculista, que nunca age segundo proveitos mas sim pela vontade. Ela sabe
amar, sabe ouvir, sabe que ninguém tem a sabedoria total, tem dúvidas e ouve a
opinião dos peritos, no assunto em questão. Conseguem viver sós. O
subconsciente delas trabalha corretamente e fornece informações ao consciente
baseadas nos valores que ela tem e aos quais dá primazia. Ouvem o
subconsciente e por isso são intuitivas. Impossível enganá-las. Sabem como
avaliar as atitudes dos outros, pela intuição e pela experiência, delas ou de vivências alheias.
Quando
elas dizem alguma coisa, sabem o que dizem e porque o dizem e sabem, também, que
se cumprirá. De contrário, mantêm-se caladas a avaliar a situação. Após a
avaliação não dizem o que vão fazer, agem.
Felizmente ainda há
quem não seja calculista, mentiroso, trapaceiro e interesseiro.
Até quando?
Afinal estes últimos já
ultrapassaram os 90%, com certeza, e não são responsabilizados pelos seus atos.
Os outros, 10%, mantém-se convictos que nada nem ninguém os conseguirá comprar. Muitos deles,
acabam a vaguear pelas ruas. Alguém os enganou e roubou mas, não se deixam
contaminar.
Esse alguém nunca tem
nome, mas existe. Todos os conhecemos.
É o tempo que nos traz o conhecimento, a
alguns, outros, por mais que o tempo passe por eles, continuam coagidos pelo invólucro
de um bombom do qual desconhecem a composição.
Não é que, por vezes,
dou por mim a sentir pena destes seres? É a sensação que me fazem experimentar:
Pena.
Comentários
a memória que temos...
Este texto devia ter sido dito hoje em Portalegre, mas não esteve lá quem fosse digno
de o ter lido
Chica nem todos aprendem com o passar dos anos, há pessoas, com uma certa idade, que ainda pensam e agem como crianças e para elas os atos nunca têm consequências e até brigam pelos brinquedos dos vizinhos e só descansam quando lhes tiram tudo. Vivemos numa sociedade de gente oportunista, calculista, invejosos mas, pior que tudo, é que eles acabam por se safar sempre.
Um beijo e tudo de bom para ti.
Beijinhos e obrigada
Amiga, já é tempo de "matar" esta distância (:
Beijinho
Amiga se estou a pensar corretamente digo-te que é impossível matar essa distância, ela cada vez aumenta mais.
A maioria vence sempre e como estamos em minoria...Não há nada a fazer. Esta sociedade é para eles e quando imaginamos que encontrámos alguém diferente, porque eles são uns manipuladores, enganamo-nos.
Beijinhos cheios de saudades tuas.
Vou indo também tentando vencer as vicissitudes da vida . Abraço apertado!
Beijinho Grande