Avançar para o conteúdo principal

Em Férias

Estou de férias desde o dia 1 de agosto e ainda não consegui ter um dia de férias. As casas não me deixam descansar. Parece que tudo está imundo.
Como tinha um problema enorme com o tempo e para conseguir dormir descansada optei por contratar uma senhora por seis horas semanais para a quinta, para fazer limpeza e ajudar no que for preciso. Como só estou aqui no fim de semana, que passa num ápice, parecia que, ao nível dos olhos, estava tudo limpo mas, agora que tenho andado a fazer a dita “limpeza geral”, que subi ao escadote…
O ditado “Quem quer vai quem não quer manda” faz todo o sentido. Em cima dos armários e por baixo deles houve uma acumulação extraordinária de lixo e pó, parece eu a senhora também sofre do mesmo que eu: Falta de tempo.
Pensava que este ano ia ter férias mas, enganei-me. Mais uma vez ando a trabalhar em vez de descansar. Todas nós, mulheres, sofremos do mesmo. Excesso de trabalho. Mesmo que os homens deem uma ajudinha não passa disso, uma ajudinha, igual ou parecida à que dá a senhora da limpeza. Ajuda mas, não nos dispensa.
É nestes momentos que me lembro dos nómadas, não tinham e não têm que se dedicar as estas tarefas desgastantes, só têm o indispensável. Eu descobri tarde.
Na próxima encarnação vou-me lembrar disso, tenho a certeza e serei novamente mulher. Encanta-me a feminilidade.
Mary Brown

Comentários

chica disse…
Puxa vida! Mas eu, uma coisa aprendi com a vida! Não sou escrava da casa!Férias são férias ,a casa que me espere,rs... Dá umas descansadinhas, senão... bjs, tudo de bom,chica
Brown Eyes disse…
Chica eu também aprendi isso mas o que é certo é que quando estou a trabalhar não consigo fazer a limpeza que as casas precisam. É complicado para quem trabalha e por isso aproveitamos os dias de férias para preencher essa lacuna. Beijinho Grande.
Briseis disse…
O truque está em ter uma mentalidade que encara a limpeza como uma terapia, um relaxamento... Expurgar o pó dos móveis como quem expurga as preocupações da mente. Sou uma felizarda porque a minha mente funciona muitas vezes dessa forma. Outras vezes, não apetece limpar nada. E quando não apetece, não limpo =)
Brown Eyes disse…
Eu já gostei mais de limpar a casa, agora, acho que é uma rotina desesperadora porque não posso acabar com ela. A mim não me apetece muitas vezes mas, acabo sempre por limpar porque me lembro daquele ditado, não deixes para amanhã o que podes fazer hoje e espero que amanhã não tenha nada para limpar, isso não acontece, há sempre que limpar ou arrumar.
Janita disse…
E eu que pensava ser esse problema desgastante, que amarga as minhas férias, fosse apenas meu! não calculas como fiquei aliviada por saber que a limpeza das casas ou casa, fosse sina minha.
E as cortinas? E os edredons para levar à lavandaria? E as vidraças?
Há dias em que não me apetece fazer nada e nada faço. Só o essencial! Assunto resolvido!

Faz o mesmo, Mary!

Um beijo solidário. :))


mz disse…
Mary e já viste debaixo das carpetes? :)

Ser nómada também dá trabalho...enfim a vida é desorganização, física e mental. Mas nós conseguimos dar a volta com mais ou menos canseira e quando não; eis que surge o caos.

Goza a vida Mary, não sejas escrava dos teus "cacarecos"

Peaceandlove
Bjhs
Vivian disse…
Olá, Mary!

Nem me fale em limpeza...Passei seis meses me dedicando a escrever meu TCC e fui deixando algumas coisas para depois e agora...ah! Como acumula pó! E coisas para organizar...
Aqui, no sul do Brasil estamos quase no final do inverno e com o tempo frio e úmido é um tempo "ótimo" para o mofo...que fica nas paredes, do teto...que coisa!
Mas estou quase terminando minha faxina geral!
Beijos!
Brown Eyes disse…
Janita na minha casa no centro do País não há cortinas o que é um alívio mas aqui no norte, na quinta, há umas poucas. Os edredons, os vidros, os azulejos, arrumar gavetas e afins, meu Deus, nunca mais acaba. Se não me apetecer fazer nada nas férias durante o ano é impossível. Ando de um lado para o outro e acaba por não estar nada em ordem, nem num lado nem no outro. Tem que ser mesmo nas férias senão...Mas a limpeza nunca tem fim, não é? Depois quando há animais as coisas pioram um bocadinho, sempre há uns pelinhos por aqui e por ali. Já fui mais fanática com a limpeza, agora já me convenci que há que abrandar um bocado porque é impossível chegar a todos os lados. Acreditas que quando estou em casa não paro um segundo? Resolvo isto saindo de casa e aí sim descanso, senão...Nem eu descanso nem dou descanso à vassoura, ao aspirador e ao pano do pó. :)Beijinhos
Brown Eyes disse…
MZ nós achamos que a vida nómada é desorganização eles acham que a nossa é escravidão e eu começo a pensar que sim:somos escravos dos nossos pertences. Eu sou escrava deles, sem dúvida. Por causa deles eu deixei de fazer o que gosto para fazer o que tem que ser feito mas, infelizmente, não consigo olhar para o pó sem me levantar e me pôr a limpar. Aqui na quinta pó nunca falta, acredita. Beijinhos
Brown Eyes disse…
MZ já lavei as carpetes e os tapetes. :) Essas então!!!! Carpetes e tapetes para que servem? Para dar trabalho, não? Já pensei em acabar com eles, acredita.
Brown Eyes disse…
Vivian tenho sorte por nenhuma das duas casas ter humidade porque aí sim, aumentava o trabalho e o desespero. Lavar paredes não deve ser nada motivador. Nunca tive que o fazer. Quando, por algum motivo, deixamos de lado a limpeza depois pagamos bem caro. Aqui estamos no verão, e que verão, este ano as temperaturas têm sido altíssimas e para conseguirmos fazer alguma coisa temos que nos levantar muito cedo porque depois das 10 da manhã já não se consegue fazer nada. Na zona da quinta, no norte do país, as temperaturas são altíssimas e até os animais só andam no campo até às 10 da manhã. Quantas vezes vamos abrir os cavalos às 8 da tarde e eles não querem sair das boxes. Põem a cabeça de fora e o bafo é tão quente que metem-se para dentro outra vez.
Vivian um beijinho.
Minha amiga fiquei muito contente com a sua visita.
Essa daslimpezas é interminável, nunca se consegue chegar ao fim.
Tem também que descansar.
Bjs. e a minha sempre amizade.
Irene Alves
Anajá Schmitz disse…
Olá,
uma limpeza geral, afugenta todas as energias ruim e vem cosas boas depois da faxina. Mas aproveite as férias, que passam rápido.
Bjos tenha um ótimo fim de semana.
Brown Eyes disse…
Irene nunca se chega ao fim, ao contrário das férias que acabam num abrir e fechar de olhos. Já estou de volta ao trabalho. Beijinhos
Brown Eyes disse…
Anajá as férias já foram mas a limpeza continua a dar-me que fazer. Todos os dias há que limpar. Beijinhos

Mensagens populares deste blogue

A droga da fama

Ao longo da minha vida fui tirando conclusões que vou comparando com os acontecimentos do dia a dia. Muito cedo descobri que ser famoso, ser conhecido, ou até mesmo ter a infelicidade de dar nas vistas, mesmo sem nada fazer para e por isso, era prejudicial, despertava inveja e esta, por sua vez, tecia as mais incríveis teias. Todos, algum dia, foram vítimas de um boato. Todos descobrimos a dificuldade em o desfazer, em detectar a sua origem mas, todos, sabemos qual o seu objectivo: ceifar alguém. Porque surge ? Alguém está com medo, medo de que alguém, que considera superior, se o visse igual ou inferior não se sentiria barricado, lhe possa, de alguma maneira, fazer sombra. Como a frontalidade é apanágio apenas de alguns e porque, a maior parte das vezes, tudo não passa de imaginação, não se podendo interpelar ninguém com base nela, não havendo indícios de nada apenas inveja parte-se, de imediato, para o boato. Assim, tendo como culpado ninguém, porque é sempre alguém que ouviu

Carnaval de Vermes

Vermes, quem são? Aqueles que jogam sujo, aqueles que não medem meios para chegarem a um fim, aqueles que prejudicam deliberadamente, aqueles a quem eu afogaria à nascença e sou contra à justiça feita pelas próprias mãos mas, afogava-os, com todo o prazer.  Não merecem viver,  muito menos relacionarem-se com gente. Vocês acham que sou condescendente só porque o verme é vizinho, conhecido, amigo ou familiar? Não. É verme e  como tal não lhe permito sequer que respire o mesmo ar que eu.  Se todos pensam assim? Não. Há quem pense que temos que aceitar certo tipo de vermes, que há vermes especiais,  os   do mesmo sangue, porque fica bem haver harmonia no lar ou até porque … sei lá porquê, não interessa.   Não sei? Não será porque têm medo de serem avaliados negativamente, pela sociedade, se houver um verme na família, se tomarem uma decisão radical para com esse verme? Se for filho têm medo que o seu papel como progenitores seja posto em causa, que isso demonstre que falharam, que  

Surpreendida com rosas

Um dia, há uns anos largos, anos cinzentos, daqueles em que tudo se encrespa, entra pelo meu gabinete uma florista, que eu conhecia de vista, com um ramo enorme de rosas vermelhas e uma caixa com um laçarote dourado. Ela: Mary Brown? São para si. Eu: Sim, mas,… deve, deve haver aí um engano. Não faço anos hoje, nem conheço ninguém capaz de me fazer tal surpresa. Ela: Não há não. Ligaram-me, deram-me o seu nome, local de trabalho, pediram-me que lhe trouxesse este ramos de flores, que lhe comprasse esta prenda e que não dissesse quem lhe fazia esta surpresa. Aliás, acrescentaram, ainda, que a Mary nem o conhece mas, ele conhece-a a si. Eu: O quê? Está a brincar comigo, não? Não, não posso aceitar. Fiquei tão surpreendida que nem sabia como agir, aliás, eu estava a gaguejar e, acreditem, não sou gaga. Ela: Como? Eu: Não posso aceitar. Não gosto muito de ser presenteada, prefiro presentear, muito menos por alguém que não conheço. Imagine!  Era só o que me faltava. Obrigada mas não