Avançar para o conteúdo principal

Caótico

Durante  a minha ausência tentei esquecer-me completamente dos problemas do país, desliguei a TV, não li jornais, evitei conversas sobre a actualidade e gente negativa. O mês de Agosto foi passado em harmonia com o que julgo ser uma vida saudável e calma mas, o que é bom dura muito pouco. 
Quem trabalha não consegue hibernar para não sofrer as influências dos acontecimentos, não adianta desligar a TV ou a internet, há sempre quem vá buscar uma notícia sensacional ou até polémica para início de conversa. Acabou-se o sossego.
Surgiu um VIP, pelo que ouvi e li, Lorenzo Carvalho, entrevistado pela Judite de Sousa, e não só,  fez há dias 22 anos é o menino de ouro de revistas, televisões e respectivos jornalistas. Fiz uma procura no Google e, incrível como um desconhecido, só porque gasta na sua festa de anos 300 000 euros, ocupa todas as páginas dos jornais e marca presença em todos, ou quase todos, os canais de TV. Ele parece ter sido o perseguido do meu mês de férias.
Eu posso gostar ou não de alguém, tendo motivos ou simplesmente porque o meu instinto me diz que não é de fiar mas, criticá-lo por viver, em vez de vegetar, interroga-lo sobre a precedência da sua fortuna, criticar a maneira como gasta o seu dinheiro, como se diverte, como se apresenta, como vive, obrigando-o a ajudar quem necessita, é intolerável. A solidariedade não é obrigatória e deve ser sentida. Se quem é pobre é livre de gastar o que ganha ou lhe dão onde quer, ele mais, não acham?
Era só o que me faltava ter que dar contas dos meus actos e do meu dinheiro a jornalistas sedentos de sensacionalismos. Isto só em Portugal, um país pobre, de espírito.
Fiquei com a impressão, de tudo o que li, que o culpado da desgraça dos portugueses é esse dito Lorenzo e por ser responsável o querem obrigar a contribuir para o bem estar dos portugueses. Isto só visto.
Já que as férias acabaram vou colocar um escudo, para me proteger porque, isto promete. Banalidades não vão faltar para camuflar o que é, realmente, importante.
Brown Eyes

Comentários

chica disse…
Que pena que sempre tem essas coisinhas chatas a nos apoquentar a cabeça. Incomodam os políticos sujos e imagino essas cobranças por quem não de direito. Uma pena! Bom recomeço! Bom te ver, beijos,chica
Breathtaking disse…
Hello Brown Eyes
I only heard about the Judite de Sousa interview in which a lack of professionalism and common courtesy was evident in the way her victim was verbally crucified. At least she did apologize, to the very cool 22 year old,... the very least she could do!
Hugs and Kisses.
Pois é...sabe o Agosto sempre foi
um mês horrível em Portugal...
Mas, por aqui, já sabe o que nos
espera, eu sempre que posso vou-me
embora, divido-me entre Portugal
e a Irlanda, porque lá encontro
serenidade.E estou junto de quem
gosto,sobretudo as crianças.
Bj.
Irene Alves
João Roque disse…
Já ouvi dizer que o rapaz deve um montão de dinheiro...
Mas que importa isso?
Importa-me mais que haja quem se preocupe com isso e ganhe bem e não se queixa...
Brown Eyes disse…
Chica obrigada. Um beijinho com saudades.
Brown Eyes disse…
Breathtaking had a chance to peek at this interview, the site of TVI, I found it comical and ridiculous. The boy is not only free to be a millionaire like to spend money wherever. He never ruled this country, is not responsible for caus that reigns here, having no obligation to help those in need. Too bad she did not crucify, live, the rulers and politicians of this country.
Kisses and thanks for another visit and comment. A big kiss for Eva.
Brown Eyes disse…
Irene a felicidade está em nos podermos rodear de quem amamos e quando o conseguimos nada mais interessa ou vale a pena. O Agosto trouxe sempre más noticias e muita coisa camuflada. Beijinhos
Brown Eyes disse…
João não sei como esse rapaz, com uma simples festa de anos, conseguiu movimentar tanta gente e tanta tinta. Essa noticia também já ouvi e já estou à espera de o ver no Big Brother VIP que se seguir. Não nos interessa absolutamente nada da vida do rapaz, pena que pensem que sim. Interessava-me sim ver crucificar, em directo, todos os ladrões deste país que se sentaram na cadeira do poder apenas com a intenção de usufruir do lugar que tinham, esquecendo as vidas humanas que nele viviam.
Fê blue bird disse…
Também fiz como tu minha amiga, tentei desligar-me desta triste realidade em que vivemos diariamente.
Mas como bem disseste é difícil fugir a tanta carga negativa.
Quero lá saber se o rapaz é rico ou pobre, o que eu quero é que as desigualdades sociais, fruto de governos e políticas desastrosas, sejam minoradas.
Costumo dizer que na televisão, quanto pior melhor, é triste ver tanta gente incompetente à frente das câmaras.
Vivemos infelizmente num país que cultiva a mediocridade.

beijinho e bom fim de semana




Zé Rainho disse…
É verdade que não conhecer o que se passa à nossa volta é uma boa defesa pessoal. É um escudo protector. Mas a realidade é mais forte e, mais dia menos dia, mais hora menos hora lá somo chamados à realidade e temos de conviver com ela, mesmo a contra-gosto.
A Comunicação Social em Portugal, que é a que nos interessa, deixou de ter jornalistas. O que quer dizer que deixou de ter investigadores para ter contadores de episódios, muitas vezes, apenas pesquisando na net. É claro que só pode dar no que deu. E o que deu foi muito mau.
Beijinhos
Brown Eyes disse…
Minha Querida Amiga deves ter sentido que vivias num mundo diferente, não? Os média conseguem incendiar-nos. Quando foi do desastre do comboio na Galiza e descobriram que tinha havido uma chamada para o telefone do maquinista eu ouvi a noticia na TV espanhola e na portuguesa. Os espanhóis deixaram bem claro que a chamada tinha sido feita pelo revisor mas, os portugueses deram a entender que ele estava a falar ao telemóvel e não esclareceram com quem, nem que a chamada era de serviço. Quem ouvia ficava a pensar que ele estaria a fazer uma chamada pessoal. Nessa altura fiquei com a certeza da manipulação das noticias que fazem os nossos jornalistas. É pena porque a função deles é informar, não manipular, desinformar ou ainda emitirem opiniões sobre o assunto. A linguagem informativa não dá lugar a sentimentos e deve ser clara. É sonhando que nós conseguimos ultrapassar tanta mediocridade. Pelo menos no nosso mundo tudo pode ser perfeito. Beijinhos
Brown Eyes disse…
Zé foi péssimo. Não houve informação, o entrevistado negou várias vezes o que tinha sido relatado na reportagem feita e, como se fosse pouco, tentou-se denegrir a imagem do entrevistado. Resumindo e pegando no que disseste, há maus contadores de episódios, episódios que a ninguém interessam e que não aumentam sondagens. Beijinhos. Bom fim de semana
Unknown disse…
MaryBrownamiga

Hoje sou eu que assino na nossa um texto intitulado Sermão do Lázaro. Aviso desde já que ele não deve ser lido por damas, meninas, solteiras, casadas ou viúvas, cavalheiros com menos de 98 anos e máximo 99, integrados na ordem democrática vigente, e com sólida formação moral e cívica. Aqui deixo um excerto.

Teodósio acordou rouco. Rouco? Rouquíssimo. E o sermão? Nisto meditava quando se dirigia à igreja paroquial e por isso disse com decibéis negativos ao sacristão Jaquim. Como iria ser? Ninguém o entenderia com aquele falar roufenho. Uma desgraça!

Qjs

Henrique

/////////////

NB – Este texto já saiu na Zorra da Boavista e no Ler, escrever e viver… Um homem não chega para tudo. Tende piedade…



Demian disse…
Esse rapaz é o cúmulo de uma série de coisas deprimentes: é fútil, parolo e desmiolado, entre muitas outras coisas que o tornam um alvo apetecível para a chacota, MAS, é a vida dele, o dinheiro é dele e este país de mentecaptos deveria enaltecer o facto de, pelo menos, ele estar a gastar por cá o seu dinheiro! Se fosse eu a ganhar o euromilhões, acredita, não investia um cêntimo que fosse nesta terra de ninguém entregue aos palhaços eleitos por um povo masoquista que se entretém com faits-divers deste género. Por isso Lorenzo, meu caro swagger, YOLO, fuck it, my man, u're the best! ;)
Beijos
Brown Eyes disse…
Henrique se não deve ser lido por damas...Gostaria que tivesse deixado a sua opinião sobre o tema.
Cumprimentos e obrigada
Brown Eyes disse…
Demian será que é ele o gozado? A ideia que tenho é precisamente o contrário, ele é que anda a gozar com esse pessoal todo. Beijinhos e obrigada
Anónimo disse…
sempre fiz questão de não saber dessas anormalidades, raramente ligo a televisão e é mesmo quando quero de ver um filme ou algo do género. contudo, houve tanta especulação com esse assunto.. não sei o que se passou na cabeça dessa jornalista, que outrora sempre fora uma pessoa correta, mas cada um gasta o dinheiro com o que quer. se o país está como está deve-se aos políticos que temos.
resp: ainda bem mesmo, obrigada. beijinho grande
Maria do Sol disse…
Sinto-me atolada tantas vezes...leio e oiço música. As televisões estão a tolher o pouco que resta da maioria das pessoas...programas ridiculos, notícias sensacionalistas e um embrutecimento galopante da população. Lamento. Não me sinto mais que os outros, sinto-me é atolada num lodo sem fim em matéria cultural.
Abraços
Eli disse…
De férias ou nã, há que saber contornar todos esses vendavais. Há muito para além disso e, apesar de nos mantermos informados, não devems viver isso. Por isso, continua a proteger-te! :)
Brown Eyes disse…
different girl não foi a primeira vez que ela foi imparcial nas entrevistas. Estou a lembrar-me da entrevista com Tony Carreira em que se notava uma admiração desmedida por ele, admiração que muitas mulheres nutrem, que não sei de onde vem. Foi, no entanto, a primeira vez que tentou destruir completamente um convidado. Beijinhos
Brown Eyes disse…
Maria do Sol exactamente. Têm apenas em vista os números, a audiência e como muita gente adere a esse tipo de programas eles vão crescendo. Não temos informação, nem programas que transmitam cultura e eduquem, essa é a verdade nua e crua. Quanto mais sensacionalismo melhor. Por isto eu nos fins de semana e férias esqueço completamente esse electrodoméstico. Beijinhos e obrigada.
Brown Eyes disse…
Eli que saudades! Difícil quando estou a trabalhar não conhecer as noticias porque, como disse no post, acabo bombardeada por essas noticias, os colegas teimam em as transmitir e como ficam estupefactos com a maior parte delas não conseguem estar calados. Beijinhos
chica disse…
Voltei pra agradecer os carinhos! beijos,tuuuuuudo de bom,chica
Brown Eyes disse…
Chica obrigada. Beijinho grande para ti
mz disse…
Ibernar nesta altura em que o estado social e político se encontra é regressar e ficar indignada com as acções e pretenções que se fizeram e pretendem fazer pela calada de Agosto.

Depois existem nas entrelinhas notícias sensacionalistas que nos apresentam para desviar atenções.

Pega nas armas Mary.

Beijinhos e até breve :)


Petra disse…
Não acho muita piada ao Menino Lourenzo, mas concordo com o que dizes, a solidariedade deve ser sentida, e ninguém o obriga a ajudar o próximo nem tem direito de o criticar!
Já agora, alguém critica o Cristiano Ronaldo "que tem mais que o Lourenzo", por não ajudar ninguém, por pagar a edição de albuns a uma irmã que em vez de cantar ronca?
Alguém o atira contra a parede por comprar jóias que davam para alimentar uma cidade inteira?
Por comprar casas como que se não houvesse amanhã quando no seu país estamos em crise?
Pá que hipocrisia... beijinhos
Fê blue bird disse…
Amiga, passei para te dar um beijinho.

Brown Eyes disse…
MZ vou pegar, claro que sim. Vê o próximo post. Beijinhos
Brown Eyes disse…
Petra não há imparcialidade neste país e por isso dão tratamento diferente as pessoas. Se um pode ganhar 40 euros por minuto e esbanjar o dinheiro sem ser apontado porque um cidadão até ali anónimo não pode fazer o que lhe apetece? Este pelo menos pareceu-me humilde e inteligente. Conseguiu vencer com educação os adversários. Beijinhos
Brown Eyes disse…
Fé obrigada. Ando aqui numas tarefas que não imaginas. O tempo é pouquíssimo e eu ando numa luta constante contra ele. Beijinhos

Mensagens populares deste blogue

A droga da fama

Ao longo da minha vida fui tirando conclusões que vou comparando com os acontecimentos do dia a dia. Muito cedo descobri que ser famoso, ser conhecido, ou até mesmo ter a infelicidade de dar nas vistas, mesmo sem nada fazer para e por isso, era prejudicial, despertava inveja e esta, por sua vez, tecia as mais incríveis teias. Todos, algum dia, foram vítimas de um boato. Todos descobrimos a dificuldade em o desfazer, em detectar a sua origem mas, todos, sabemos qual o seu objectivo: ceifar alguém. Porque surge ? Alguém está com medo, medo de que alguém, que considera superior, se o visse igual ou inferior não se sentiria barricado, lhe possa, de alguma maneira, fazer sombra. Como a frontalidade é apanágio apenas de alguns e porque, a maior parte das vezes, tudo não passa de imaginação, não se podendo interpelar ninguém com base nela, não havendo indícios de nada apenas inveja parte-se, de imediato, para o boato. Assim, tendo como culpado ninguém, porque é sempre alguém que ouviu

Carnaval de Vermes

Vermes, quem são? Aqueles que jogam sujo, aqueles que não medem meios para chegarem a um fim, aqueles que prejudicam deliberadamente, aqueles a quem eu afogaria à nascença e sou contra à justiça feita pelas próprias mãos mas, afogava-os, com todo o prazer.  Não merecem viver,  muito menos relacionarem-se com gente. Vocês acham que sou condescendente só porque o verme é vizinho, conhecido, amigo ou familiar? Não. É verme e  como tal não lhe permito sequer que respire o mesmo ar que eu.  Se todos pensam assim? Não. Há quem pense que temos que aceitar certo tipo de vermes, que há vermes especiais,  os   do mesmo sangue, porque fica bem haver harmonia no lar ou até porque … sei lá porquê, não interessa.   Não sei? Não será porque têm medo de serem avaliados negativamente, pela sociedade, se houver um verme na família, se tomarem uma decisão radical para com esse verme? Se for filho têm medo que o seu papel como progenitores seja posto em causa, que isso demonstre que falharam, que  

Surpreendida com rosas

Um dia, há uns anos largos, anos cinzentos, daqueles em que tudo se encrespa, entra pelo meu gabinete uma florista, que eu conhecia de vista, com um ramo enorme de rosas vermelhas e uma caixa com um laçarote dourado. Ela: Mary Brown? São para si. Eu: Sim, mas,… deve, deve haver aí um engano. Não faço anos hoje, nem conheço ninguém capaz de me fazer tal surpresa. Ela: Não há não. Ligaram-me, deram-me o seu nome, local de trabalho, pediram-me que lhe trouxesse este ramos de flores, que lhe comprasse esta prenda e que não dissesse quem lhe fazia esta surpresa. Aliás, acrescentaram, ainda, que a Mary nem o conhece mas, ele conhece-a a si. Eu: O quê? Está a brincar comigo, não? Não, não posso aceitar. Fiquei tão surpreendida que nem sabia como agir, aliás, eu estava a gaguejar e, acreditem, não sou gaga. Ela: Como? Eu: Não posso aceitar. Não gosto muito de ser presenteada, prefiro presentear, muito menos por alguém que não conheço. Imagine!  Era só o que me faltava. Obrigada mas não