O fim do
silêncio, publicado em 11 de Novembro de 2010, onde perguntava, em relação
à retirada de órgãos de um dador quando ele ainda tem o coração a bater, como
pode alguém, extrínseco a nós, medir a nossa força de vida? Sim porque acredito que os milagres estão ligados à vontade que temos de viver. Além da
doação de órgãos abordava também outro tema que me preocupa, o coma, o chamado
estado vegetativo em que alguns entram e que levam os médicos a declara-los
mortos. Referia, então, alguns casos destes em que, passados anos, os doentes recuperavam.
Todos os que não conhecem o texto leiam-no para perceberem melhor o que aqui fica dito.
Hoje o “Jornal Público” publicou uma notícia que ajudará, com
certeza, a dar voz a este silêncio e a fazer-nos reflectir se, algum dia, o
destino nos impuser uma decisão.
Scott Routley apresentava características de um
doente em estado vegetativo, depois de um acidente, há doze anos mas, conseguiu
comunicar, através de exames de ressonância magnética que demonstraram que tinha
uma mente consciente, que pensava, facto que nunca não passou despercebido à família.
Após anos de insistência Adrien Owen, investigador britânico que liderou a
equipa do Instituto Cérebro e Mente da Universidade do Ontário Ocidental,
Canadá, conseguiu demonstrar que o doente, afinal, não estava em estado
vegetativo.
Esta técnica parece ainda não constar dos livros
científicos, apesar de Adrien Owen ter já publicado, em 2010, um estudo sobre o assunto.
Sempre que um caso destes vem a público a esperança
é reavivada clarificando o estatuto da ciência, algo falível onde o certo pode
ser equívoco.
Brown Eyes
Comentários
Este é um tema demasiado delicado mas que, sem dúvida nos deve preocupar. Também estou de acordo quanto às falhas dos diagnósticos e à possibilidade de se roubar a vida a alguém que poderia sobreviver.
Beijinho,
Ana Martins
E nestes casos, costumo, cómoda e cobardemente arrumar estes temas lá num cantinho da mente...
Beijinhos e bom fim de semana
O nosso cérebro é uma "máquina" incrível e surpreendente. Apenas para dar um exemplo; antigamente, alguém com paralisia cerebral era tratado como um deficiente total. Hoje, sabemos (e conhecemos) que são pessoas com capacidades de obter e desenvolver conhecimentos. Confesso que é um tema que me preocupa. Alguém terá certeza absoluta que deve "desligar" a hipótese de vida?
Beijinho
ainda mais, dado a forma como
o Serviço Nacional de Saúde
está a funcionar. Também tenho
muitas dúvidas sobre o Testamento
Vital.
Um beijinho
Irene Alves
Beijinhos
até a verdade
Beijamos
O estado de coma sempre me impressionou.
Delicado.