Há pessoas que confundem valor com poder, não têm qualquer relação.
Uma pessoa que tem poder, conseguido por si ou herdado, não significa que tenha valor ou vice-versa. Quem tem valor é quem se estima e quem aprende a estimar.
Hoje, quando o egoísmo impera nas relações e o consumismo mina as relações humanas tentando, a todo o custo, valorizar o material e fazer crer que é quem mais consome, mais gasta e mais tem “o alguém”, há que ter convicções muito fortes e valores pessoais enraizados que nos permitam manter uma auto-estima elevada. Os interesses financeiros corroem tudo e adulteram a essência do ser humano e os seus objectivos de vida.
O que é afinal a auto-estima?
É a opinião, o sentimento que cada um tem de si, a capacidade de respeitar, de acreditar, de se conhecer e de se amar a si mesmo. O sentimento de competência e valor pessoal.
Dizem os estudos, psicológicos, que a auto-estima se começa a formar na infância, que a nossa autoconfiança, o nosso auto-respeito podem ser alimentados ou destruídos pelos adultos, nomeadamente os pais, conforme sejamos respeitados, amados, valorizados e encorajados a confiar em nós.
É a opinião, o sentimento que cada um tem de si, a capacidade de respeitar, de acreditar, de se conhecer e de se amar a si mesmo. O sentimento de competência e valor pessoal.
Dizem os estudos, psicológicos, que a auto-estima se começa a formar na infância, que a nossa autoconfiança, o nosso auto-respeito podem ser alimentados ou destruídos pelos adultos, nomeadamente os pais, conforme sejamos respeitados, amados, valorizados e encorajados a confiar em nós.
A auto-estima nasce connosco, ao contrário dos valores que se vão formando com a vivência e convivência. Nós, à nascença, somos cunhados com a individualidade, conjunto de atributos que nos distinguem de outro indivíduo. Características únicas, que aprendemos ou não a aceitar, que nos dão, ou não, confiança em nós. Ao aceitarmos a nossa singularidade, criamos confiança, força e estamos, ao mesmo tempo, a alicerçar a nossa auto-estima e a impedir qualquer comparação com outro ser humano. Não há cópias de seres humanos, a clonagem é uma cópia geneticamente idêntica, não igual.
Resumindo a minha ideia: Só é influenciável, por outrem, quem nasce desprovido de força interior, de raciocínio, de poder de análise e observação.
É dentro de nós que temos que procurar erguer a nossa auto-estima, não no exterior. Não será o dinheiro, a posição social, o emprego ou até o marido, ou a mulher, que nos darão auto-estima.
Culpar os outros, pais, professores, amigos pelo amor que temos a nós próprios parece-me uma fuga, a grande velocidade, da realidade.
Ao longo da vida vamos sofrendo decepções, perdendo batalhas, passamos por desilusões mas, amando-nos conseguiremos mantê-la. Tal como o poder não está ligado ao valor o erro também não. Só erra quem tenta, quem é humano, quem faz alguma coisa, quem produz.
Somos falíveis, todos, mas, quem não tem auto-estima precisa de gritar ao mundo o quanto é importante (não acredita em si) e é dependente da aprovação alheia. Estes preferem agir com arrogância, prepotência, humilhando, ao invés de se encararem ao espelho e mudarem. Acomodam-se e escondem-se em atitudes desagradáveis, necessitando de se mostrarem superiores aos outros porque sabem que a verdadeira força e a valorização pessoal vêm da humildade, da grandeza de espírito, da generosidade e do altruísmo.
O segredo está no acreditar em nós, acreditar que é sustentado pela nossa força interior, força que nasce com uns e não com outros. Essa força que destrói qualquer medo que nos comece a minar. Medo que, posteriormente se transformará em inveja, em ciúme, em desconfiança, em maldade.
A auto-estima não é competitiva ou comparativa, não se expressa, nunca, pela glorificação à custa dos outros ou pelo ideal de se tornar superior aos outros ou, ainda, de diminuir os outros para se elevar. Ela não é arrogante.
A auto-estima não é competitiva ou comparativa, não se expressa, nunca, pela glorificação à custa dos outros ou pelo ideal de se tornar superior aos outros ou, ainda, de diminuir os outros para se elevar. Ela não é arrogante.
Assim sendo, para informação de quem ainda possa ter dúvidas, eu supero todos os meus problemas ou dificuldades, enfrento novos desafios com optimismo, supero o medo e assumo responsabilidades. Relaciono-me com gente saudável, comunico facilmente, valorizo a amizade e o ser humano e “nunca” necessitei da aprovação de ninguém para os meus actos, ideias, escolhas ou gostos. Não me considero nem melhor nem pior que ninguém, sou diferente, conheço as minhas potencialidades e convivo bem com as minhas limitações , defeitos e gostos pessoais. Actuo, sigo em frente, persigo ideais e objectivos. Nunca descuro o respeito, por mim e pelos outros. Exijo-o.
- Criei um blog apenas para os selos, para os receber e distribuir. Estão lá dois para receberem.
- Vou estar ausente durante algum tempo. Tenho um trabalho exaustivo para elaborar. Tentarei responder aos vossos comentários, o mais breve possível.
Brown Eyes
Brown Eyes
Comentários
O meu raciocínio é o seguinte. Se pensar que é bonita, a criança vai viver à custa disso, não precisará de ser inteligente.
Se achar que é inteligente, vai pensar que não é preciso aprender mais e vai tratar toda a gente como burra.
São burros e são feios, pelo menos até pensar melhor...
"Nenhum Homem é uma ilha", ninguém vive só, gostamos de ver a aprovação nos olhos de quem nos quer bem, de quem tanto cedeu para nos criar, de quem amamos, contudo, como tão bem dizes, só quando estamos bem connosco, com as nossas escolhas e com a nossa imagem reflectida, podemos estar bem com o mundo.
Quando nos dobramos para agradar, quando procuramos em alguma figura a resposta para as nossas perguntas, falhamos enquanto pessoas.
Beijinho enorme e boa sorte nessa demanda
Como sempre um texto inspirador e revelador da pessoa linda que és!
Eu sempre lutei com a minha auto-estima. Ela foi-me aniquilada em criança, por uma professora primária que me subestimava e por uns pais, que apesar do amor que me dedicavam, não me compreendiam, e acho que nunca me compreenderam. Mas tinha e tenho um grande pilar a meu favor, sou orgulhosa, tenho uma personalidade forte, sou fiel a princípios que tracei para a minha vida, gosto do meu amigo, não alimento invejas e más-línguas e o principal de todos os meus valores, tenho respeito pelos outros e exijo respeito dos outros.
Tudo isto para te dizer que não é por acaso que nos identificamos em muitos coisas ;-)
Portanto amiga,a auto-estima pode ser aniquilada por terceiros, mas temos o dever para connosco de a reerguer.
Desejo-te a maior inspiração para o teu trabalho ;-) e vou já ao outro lado buscar os selos.
Beijinhos
Mas eu percebi o que querias dizer :)
A auto-estima é assim um terreno escorregadio. Pode cair no fosso da pretenciosidade, e impedir-nos de olhar os outros em volta. No entanto, concordo que é necessária na medida certa. Por tudo isto acho o comentário do Paulo bastante pertinente, e o do Jóni muito inspirador ;D
Beijinhos e até breve então
A auto-estima é um pau de dois bicos: ora nos dá o impulso de sair para conquistar o mundo, porque sim, porque acreditamos que podemos; ora nos cega com a pretensão de que tudo nos é devido, porque somos melhores.
A auto-estima deve ser tomada com precaução e sob supervisão médica.
Antes de mais os votos de que o trabalho exaustivo seja produtivo e gratificante.
Depois dizer que me identifico, na totalidade, com o texto que escreveste. Considero-o, mesmo, um apelo ao optimismo e à luta para consquistar dias melhores.
Dizer ainda que me identifico com o texto pelo facto de ele apelar à esperança. Por ir de encontro aquilo que penso há muitos anos, a saber: - O Ter é subtractivo e o Ser aumentativo; outro aspecto relaciona-se com a ideia que comungo e pratico há muitos anos, mais vale sofrer amargos de boca do que engolir sapos vivos.
Beijinhos
Caldeira
Mas não concordo que seja esse o meio para ensinar uma criança, como diz o Johnny; uma coisa é não estimular os egos infantis e outra destruir a sua auto estima.
és um doce, vá torrão de açúcar da blogosfera é a poetic, mas tu és um doce mesmo daqueles doces enormes....
Assim um bombom de chocolate daqueles enormes recheados com framboesa!
Mas és chocolate belga ta?!
ehehehheheheh beijo enorme.
Curiosamente, escrevi em poucas palavras, algo de muito semelhante ao último paragrafo no meu último post, que diz somente isto:
"O que sempre dou e peço…
Aos meus inimigos, perdão
Aos meus amigos, o coração
A todos, um ombro amigo e amor.
Para mim, respeito!"
No que concerne a auto-estima, como sempre estamos de acordo.
A minha vai de vez em quando a baixo, deve ser algo natural, mas desde menina que aprendi que se não me amar ninguém me ama.
Tive uma professora, a Maria Adriana, a de Ibglês, que me moldou e me fez sentir especial.
A partir daí eu sei quem sou e como sou.
Não sou narcisista, de todo, mas gosto muito de mim, sim! Tenho orgulho em dizê-lo.
Beijinhos
Ná
Pegando na frase inicial, e olhando para a fantástica imagem escolhida, apetece-me rir e chorar!
Rir dos que realmente confundem o valor com o poder.
Pobres coitados!
Chorar, porque apesar de ter superado e ser realmente forte, carácter e personalidade, já muitos destes "arrogantes omnipotentes" me fizeram sentir mal.
Como sou, infelizmente, muito sensível, riu e choro com a mesma facilidade.
No fundo, quando choro, choro mais pela tristeza da percepção exacta de que o ser que se revela não é mais do que um pobre coitado que nada tem, que nada é, que nada será.....
Beijinhos
Bom fim de semana.
Ná
Um abraço
por acaso partilho das tuas palavras, também eu me sinto assim, sempre com forças para novos desafios, sem medo de tentar. Prefiro tentar e fracassar, a viver para sempre na dúvida de como seria se nunca tivesse tentado, acredito em mim e nas minhas capacidades.
Deixo também uma palavra para os que no dia a dia partilham a nossa vida e que estão sempre prontos a darem aquele empurrão que ás vezes também é necessário, e nisso posso afirmar que tenho muita sorte com quem me rodeia.
Bj
p.s. - Feliz Natal
Feliz Natal
Chegou o Natal
Chegou Natal
Sem estrondos,
Sem alaridos
Nem algazarra …
Simplesmente chegou.
Com alguma timidez,
Envolto no acanhamento de um tempo
Que se faz ligeiro,
Embrulhado em mantos
Tecidos de muitas e cores.
Mas o Natal chegou.
Sem a intimidade de ontem,
Mas com a alegria das festas
E manifestações de “causas e coisas”
Lembrando a época, um tempo
O teu regaço.
Mas o Natal chegou,
Sem a solidariedade sábia de ontem,
Mas com a profusão de vontades
Voluntariosas
Briosas
E tão caprichosas…
Mas o Natal chegou
Com os sabores da tradição
Em mesa posta,
Toalha branca, alvura
Rabanadas, bolos de menina
Coisa fina.
Sonhos doces, formigos e mexidos
Em forno lento
E ao relento das vontades
Alicerçadas no tempero da solidariedade.
Bacalhau, batata, couve da horta
Agitação garrida,
Mimosamente tecida…
Desejada em cada porta.
Bolo-rei, filhós, vinho quente
Amor presente
Em cada rosto,
No mimo posto
Na tua chegada.
Mas o Natal chegou!
Natal de 2010
Maria José Areal
Beijinhos
Ná.
Bjs
Bjs
E DEIXAR BEIJINHOS NATALÍCIOS
Um beijinho :)
Alguém belo ou inteligente não é significado de alguém sem respeito pelos outros. Os valores, como disse, esses sim, vão-se formando com a vivência e convivência.
A criança tem que aprender que a beleza, a aparência não é significado de vitória na vida, tal como a força física, que é a inteligência, ou o trabalho, que nos podem fazer vencer um gigante.
Beijinhos
Beijinhos
Beijinhos
Esses que confundem valor com poder ignoro-os, deixo-os viver pensando que podem tudo mas o que conseguem é viver debruçados sobre o material. Rastejam por ele e esquecem-se que vida não é isso. Quando perdem o poder perdem tudo, até os "amigos".
Beijinhos
foi um caminho difícil de fazer, esse de [re]aprender a amar-me. a auto-estima é tão fácil de ser destruída e tão difícil de se reconquistar...
gostei muito do teu post, como é hábito :) porque adoro tudo que escreves e como escreves.
um beijinho...
Mas agora sim, agora aqui estou eu para te ler, comentar e desejar-te um BOM ANO com saúde e muita vontade de viver!
E a auto-estima é fundamental para continuarmos de pedra e cal com todas a dificuldades que se nos deparam pela frente. Durante toda a nossa vida somos confrontados com factores externos que podem destruir ou diminuir a auto-estima ou auto-confiança seja em criança, adolescente e mesmo já na fase adulta. É preciso toda uma força interior que nos ajude a dar continuidade ao nosso bem estar.
Admiro a tua força!
beijinhos
Beijinhos*
Beijinhos
Havia tanto a dizer sobre a auto-estima... !
Beijinhos e obrigada