Meditando sobre ela atingiu-me a dúvida sobre a origem da sua vida exterior, da sua ascendência. Um dia, após análise ponderadamente exaustiva, não encontrou um elo de ligação hereditário com os seus antepassados. Nenhuma influência, nenhuma comparação, nenhuma herança material ou espiritual. A sua alma meditava reflectidamente no ser, na vida, no objectivo da existência. A deles, perdia-se constantemente, na aparência do poder e do ter. Para Ela o querer era poder e ela queria, queria mostrar a possibilidade de conseguir querendo, queria que o seu "EU" brilhasse com luz própria. Para eles o poder estava nos outros a quem deviam obedecer sem vontade, sem opinião, com sujeição e submissão tendo, somente, como objectivo o aspecto exterior do ser. O antagonismo, entre eles, crescia à medida que ela se tornava mulher. Não queria viver presa a ideias preconcebidas, tinha uma enorme sede de liberdade de pensamento. Não aprendeu a pensar como eles, em ajuntamento. O pensamento...
Ao lerem este blogue, por mais real que pareça tudo o que aqui será publicado, não o imaginem vivido por mim. É uma vida de alguém ou de muitos. Alegrias e sofrimentos que têm apenas intenção de provocar reflexão.