Aproveitando o tema, o silêncio, vou gritar contra a esperteza silenciosa que conquista os inocentes, os humildes e os crentes.
Não sou mulher de silenciar manipulações, condicionamentos, influencias, adulterações, falsificações, em proveito de um, ou vários, manipuladores.
Manipular, através das palavras e do conhecimento, um indivíduo ou um grupo, não é crime, nem é grave desde que haja limites. Limites impostos pelos valores, costumes e normas de conduta da sociedade.
Se a manipulação é feita num grupo cujo líder recorreu ao recrutamento ilegal, à mentira, à extorsão, aos negócios ilícitos, à pedofilia, à violação sexual, ao crime, à violência, esta passa a ser crime e perigosa. Exemplo disto são as seitas religiosas ou outras.
Fui alertada para o problema, das seitas, quando surgiu, na televisão, em Portugal, a Igreja Universal do Reino de Deus que seduzia as pessoas enumerando problemas sérios, facilmente sanáveis, segundo eles, com a ajuda de Deus, com fé, a troco do dízimo.
Como é possível alguém submeter-se, facilmente, perder valores, conhecimento, a noção da realidade, o pensamento, o raciocínio e a razão?
As situações de dificuldades pessoais, familiares, profissionais e financeiras deixam os indivíduos vulneráveis, frágeis, levando-os a juntarem-se a um grupo, teoria religiosa, terapia individual ou em grupo, que lhe cria a noção de “Homens e Mulheres Supremos”, com vista à normalização da sua vida esquecendo-se, por completo que, normalmente, há um preço a pagar pelo bem-estar absoluto. O preço é a escravidão, o domínio e a impossibilidade de se livrarem das amarras.
Como consegue “um homem” desligar tanta gente do mundo real?
A primeira coisa que o líder faz é levar as pessoas a efectuarem um corte. Um corte físico, psicológico e afectivo com o mundo exterior. Fá-lo introduzindo ideias falsas, alterando a percepção dos adeptos, relativamente ao interior e exterior do grupo.
O líder ou comunicador tem um nível de conhecimento muito elevado que vai desenvolvendo, ao ponto de anular a vontade e o querer do grupo, ao ponto deste lhe obedecer inconscientemente. Conseguem distorcer os sistemas de conhecimento, a seu favor, obtendo tudo o que querem, inclusive a vida, como aconteceu com a seita “O Templo do Povo”.
Ao fecharem o grupo, evitando, assim, a entrada de informação exterior, que descaracterizaria o grupo, correm, no entanto, o risco de que este, por sua vez, entre num processo de entropia, de desordem, que levará à perca de identidade, gerada pela desorganização e caos.
Mas, os líderes, optam, sempre, pelo encerramento do grupo. Este perde a noção da realidade do mundo exterior mas, o guru, irá sentir-se omnipotente, detentor de um desgoverno comportamental, para com a comunidade que o segue e o sistema normativo da sociedade.
Por sua vez o grupo, isolado socialmente, deixa-se escravizar física e mentalmente, demonstrando desequilíbrio pessoal e grupal.
O comunicador prende os ouvintes com a ajuda dos seus ajudantes, que facilmente distingue no meio do grupo, pessoas facilmente manipuláveis, em quem se apoia para influenciar os outros, com passos de magia, falsos poderes e milagres fabricados.
Destrói a personalidade, a vontade própria, as relações sociais, modifica hábitos e comportamentos, primeiro por sedução e, por fim, por coação.
É criada, aos seguidores, a noção que todos estão errados. Tudo está mal, menos eles, os detentores da verdade suprema.
Para o ingresso obriga-os a entregarem, à seita, tudo o que possuem, empecilho para o bem-estar espiritual. Após isso e o corte de relações com os familiares estes ficam vulneráveis, submissos à vontade do líder, prontos para serem manipulados.
O líder tem em vista o seu proveito financeiro, o domínio dos outros, o poder.
Para conseguir os seus objectivos, necessita de recrutar indivíduos em situação de fragilidade pessoal ou social, pessoas com bens, que acreditam na dádiva do céu e da terra como paraíso, brindando-os com um clima de amor, compreensão, aceitação incondicional, que eleva a auto-estima, criando um sistema de felicidade, bem-estar e segurança aparente.
Estas pessoas ao entrarem na comunidade reaprendem a viver, de acordo com as leis impostas pelo incontestado líder, que tem explicação sábia para tudo, para os seus actos de extorsão, violação e violência do sistema.
A pouco e pouco a vida na comunidade passa a ser um pesadelo e, aí, o líder ajuda à correcção, resultado das suas fraquezas espirituais, segundo ele. Se os seguidores se mostram renitentes na correcção do seu comportamento, os coadjutores do líder aplicarão as sábias punições físicas e simbólicas, com vista ao seu silêncio. Quando estas punições e os milagres do líder deixam de convencer há sempre uma forma de acabar com eles: antecipa-se-lhes a entrada no além.
O fim das seitas é, muitas vezes, a morte em grupo quando o líder perde o controlo, sobre o ele ou sobre a sociedade envolvente. O silêncio eterno.
Não deixem entrar este silêncio. A vida está mesmo aí ao lado, com os seus problemas, dissabores, as suas alegrias e querenças e com a salvação do vosso poder.
Elaborado para a Fábrica. Tema: Silêncio Foto do Google
Brown Eyes
Comentários
Na minha opinião, as seitas existem pela exclusão social, solidão, mágoas, problemas...tal como enumeraste. Por estranho que pareça, é nestas situaçoes que aparece milagrosamente alguém que tenta mostrar o caminho da salvação.
Fiquei escandalizada com uma situação no Texas, em que eram centenas de pessoas e centenas de crianças(mormon)... E no documentário, esses mesmos adultos diziam que eram felizes la dentro... Sou sincera, eu não consigo entender estas situações.
Ultrapassa-me, porque é a união do racional com o irracional. Toda a filosofia de vida a que são colocadas, é simplesmene doentia.
Adorei o post, e achei o teu blog magnifico.
Kiss
bj
teresa
Beijinhos
Muito bom este texto ó Brown Eyes, muito bom.
Beijinhos
Beijinho e obrigada
Beijinhos
É bom que não nos calemos e que estejamos atentos. Silêncios como este que exemplificas são aterradores!
Grande post! Excelente participação!!
Beijinhos**
A mim nunca me apanhariam numa situação de adesão a uma seita deste género, mas sei que há imensa gente ingénua e outra tanta com vida problemática que se entregam de corpo e alma na mão de indivíduos escolhidos a dedo pelo seu poder de manipulação, o que é uma tristeza.
Claro que a liberdade é um bem único e difícil de conquistar, mas há certas pessoas e/ou organizações que abusam dela...
obrigada pelo teu comentário
Mas também acredito que as pessoas hoje em dia, necessitam demais de acreditar no paraíso. Necessitam demais de alguém que lhe garanta que a vida é muito mais do levar coice daqui e dali. E é dessas pessoas, mais carentes e da sua fragilidade que estes gurus se aproveitam. Não posso esquecer uma reportagem doentia que vi, em que uma dessas seitas, puniu um bebé de 9 meses, a um mês sem comer. Nem preciso dizer o final triste que este inocente teve.
Era um assunto que daria um debate interminável. É uma boa forma de encarar o silêncio, um silêncio ao qual as pessoas se submetem em troca de promessas de um mundo melhor, quando o mundo somos nós que o fazemos. Com as nossas convicções e acima de tudo com a nossa voz, a qual deveria ter sempre lugar e sempre ser ouvida.
Desculpa o testamento... vou-me calar. Beijinhos :)
Excelente post!
Essas seitas são, infelizmente emergentes.
Há no entanto uma pergunta que já fiz a várias pessoas... quando é que uma seita deixa de ser seita e passa a ser vista como uma religião?
Visto que todas as religiões nasceram de pequenos núcleos iniciais... ;)
bjinhos*
Bjo*
(Com esta afirmação e a outra cena da sensibilidade, a minha machice está cada ve mais em causa, Mary)
Uma vez, em Braga, para a escolinha (ou faculdade, como lhe chamam alguns finórios - viram o que eu fiz? Chamei na mesma faculdade, mas fiz uma crítica que me deixou passar incólume)
Mas disperso-me.
Uma vez, para um trabalho de Sociologia, fomos à Igreja Universal do Reino de Deus (fomos a outras, mas essas não interessam) e na conversa com um dos ministros ou lá como lhe chamam, cheio de anéis de ouro e tal, ele diz, falando especificamente para uma das minhas colegas: "você tem um buraco dentro de si, um vazio que precisa de preencher com algo" e é nestas conversas que eles atraem o pessoal. Quem não precisa daquilo, quem não tem problemas, será difícil cair na teia, mas quem está no meio da merd@ e procura uma solução o todo o custo já terá mais dificuldade. E era esse tipo de pessoas, sem um sorriso na cara, com as suas maleitas e o seus problemas que se viam por lá, carregados de sacos de compras e dinheiro para darem como oferta.
Para quem acredita, nada do que se diga serve para demover, para quem não acredita, nenhuma prova é suficiente. Enquanto houver problemas haverá sempre alguém a aproveitar-se das pessoas que os sofrem na pele.
P.S. Tivemos 18 no trabalho.
Creio que é mesmo a vontade de acreditar em alguma coisa, junto com a real perda de afectos da sociedade de uma forma geral que leva as pessoas a estarem mais vulneráveis a essas situações. E este tipo de fraqueza espiritual que se traduz nessa busca oca, não escolhe idades nem cores nem nada!
Falas dessa seita da IURD, e posso-te dizer que vi pessoas cá da terra entregarem.se de uma maneira completamente fanática, porque pensaram estar ali a sua salvação (seja lá isso o que fôr)...e empenharam o seu ganha pão naquilo.
Depois, assim, num puffff acabou tudo. Tristeza, mesmo.
Até na Fé, é preciso ser-se contido e pouco ganacioso.
Beijos e parabéns por mais um belíssimo texto
Acho que é preciso ser-se muito fraco de espirito e ter-se bases muito fracas para se deixar que algo desse género aconteça...
Mas como sempre, um texto espectacular :)
Beijinhos**
Acho que é preciso ser-se muito fraco de espirito e ter-se bases muito fracas para se deixar que algo desse género aconteça...
Mas como sempre, um texto espectacular :)
Beijinhos**
Sem colidir com a intocável liberdade de pensamento, é necessário que todos estejam alerta contra práticas que apenas pretendem usar as pesssoas para fims que nada têm de socialmente relevante!
Um beijo
AL
LEMBRO-ME DE UM GRUPO NÃO SEI BEM EM QUE PARTE DO PLANETA EM QUE TODOS SE SUICIDARAM...UM SUICÍDIO COLECTIVO...
É COMO OS GRUPOS TERRORISTAS ...QUE SE FAZEM EXPLODIR EM NOME DE UM LÍDER,DE UM DEUS CRIADO À SEMELHANÇA DO SEU CRIADOR,UM LUNÁTICO.
ESTES LÍDERES SÃO A CHAGA VIVA DO PLANETA...
BEIJINHOS E BOM FIM DE SEMANA
PARABÉNS PELA ORIGINALIDADE DO TEMA
Bom fim de semana.
Bjocas
Patty
Julgando ter esgotado todas as possbilidades, todos os recursos, fragilizadas emocionalmente, entregam-se a práticas e organizações religiosas que lhes dizem o que elas anseiam ouvir e, nesse contexto, são incapazesde discernir que não estão a ser respeitadas.
O que acontece com a religião, acotece no futebol, na política, em situações de pânico: tomam-se atitudes onde não há um pingo de razão, numa irracionalidade sem limites.
Saudações
As seitas metem-me medo.
Beijinhos
Tudo o que diz, sintoniza com o que eu penso. Nunca fui crente, em nada e muito menos seria destas seitas onde se vê de imediato o oportunismo e o espectáculo, com que se movimentam. Oportunismo porque a crise ampla em que se vive, profissional e afectiva, propricia a isso, espectáculo, porque são cativantes para certas pessoas.
O que escreveu deu-me no entanto uma visão mais ampla de tudo.Obrigada
Bjs,
Manuela
É isso mesmo amiga:
O silêncio (...) é uma virtude que nos torna agradáveis aos nossos semelhantes
Bjos__incongruentes
Por acaso não tinha ouvido, nem conhecia, a história que contas mas deste um bom exemplo do perigo do fanatismo. Punir um inocente é o cumulo. Não consigo compreender como alguém se submete ao ponto de sacrificar um inocente. A punição, nesses casos, devia ser muito mais severa. Não temos dúvida que aqui a loucura caminha lado a lado com esta gente, quer líder quer aderentes mas ela não devia ser motivo para desculpabilizar tão horrendo crime.
Beijinho e obrigada por teres enriquecido este post.
Obrigada
Boa pergunta a tua, espero que te agrade a resposta senão...contesta. :)
Beijinho grande
18? Óptima nota.
Beijinhos
Beijinhos
Muitos mais exemplos há e de outras religiões.
Beijinhos
Beijinhos
Não sei o que é pior, pessoas que fazem esse tipo de coisas, ou pessoas que deixam que lhes façam isso.
A diferença está no que move as pessoas: uns confiam demais, não se precavendo mas, agem de boa fé. Querem apenas a solução dos seus problemas. Os outros agem por má fé e pretendem o lucro, não olhando a meios para atingirem os fins.
Obrigada e beijinhos
Já tinha saudades de te ler.
Ainda continuo é com saudades de me ler...
Beijo.
Achei a tua resposta brilhante, if I might say.
Eu estava a falar num contexto social... visto que tudo o que é minorias religiosas é ostracizado, mas a tua resposta abafou essa minha questão.
Nem mais. É isso mesmo! Que se lixe o contexto social.
Basta haver alguém a lucrar com a fé para que o conceito se torne nefasto.
bjinhos e continuação de boas férias. *****
Beijinho e obrigada pela tua participação.
Beijinho grande e obrigada pelo teu apoio.
Beijinho e obrigada pela excelente participação.
Beijinho grande e obrigada
Beijinhos
Vamos então mantermo-nos em silêncio, se o nosso objectivo é sermos agradáveis. O meu objectivo não é esse, como deves entender.
Beijinhos
Beijinhos
Beijo.
Beijinhos
uma religião deve «fazer-nos felizes», porém mostrar-nos a realidade e conferir-nos liberdade para escolher-mos o nosso trilhi, de felicidade ou não!
em segundo lugaR, Não tens nada de pedir desculpas, deste apenas a tua opinião e eu respeito-a e, até agradeço.
Não vivo apavorada com a ideia de velhice mas sim como a maioria das pessoas lida com ela. no fundo escrevi aquele texto como um grito, gritar que é preciso fazer alguma coisa!
uma religião deve «fazer-nos felizes», porém mostrar-nos a realidade e conferir-nos liberdade para escolher-mos o nosso trilhi, de felicidade ou não!
em segundo lugaR, Não tens nada de pedir desculpas, deste apenas a tua opinião e eu respeito-a e, até agradeço.
Não vivo apavorada com a ideia de velhice mas sim como a maioria das pessoas lida com ela. no fundo escrevi aquele texto como um grito, gritar que é preciso fazer alguma coisa!
Quanto à religião, como tudo, devia dar-nos a liberdade de escolha, apresentando-nos a realidade e, aí, nós optaríamos, tal como tu dizes. Um beijinho e obrigada pela tua participação.
de pessoas que ficaram desgraçadas
por causa delas.
Estou durante o mês de Março no
meu blogue http://intemporal-pippas.blogspot.com a dedicar à
mulher e a blogues no feminino.
Gostaria de saber se permite que
faça uma referência ao seu e insira
algo do mesmo. Basta deixar um
comentário no meu blogue.
Desejo que aceite.
Bj./Irene
OBRIGADA PELO COMENTÁRIO
BEIJINHOS
Beijinhos
São criminosos.
Bom domingo
(AINDA NÃO TINHA DITO MAS GOSTO
MUITO DESSAS FOTOS- "AGUARDANDO POR TI".E "SILENCIOSAMENTE PODEROSA")
BEIJINHO E BOA SEMANA
Obrigada pela tua visita e pelo excelente comentário que aqui deixaste. Beijinhos
Quanto às fotos também gosto, pena não serem minhas :)
Beijinhos
No entanto tu pegaste no temo e descarregaste aqui (de improviso, aposto) uma montanha enorme de palavras.
Todas elas com sentido. Impressionante.
É um dom. Sabias? ;)
Beijinhos
Desculpa o meu silêncio, feito de
problemas de saúde. Estou melhor!
O tema de que falas está muito bem delineado e bem escrito.`
É, extremamente actual e as coisas passam-se como tu dizes.
Encontrei em S.P. Brasil, num local bem colocado, uma Igreja do Reino de Deus.
Era de tal forma que me pareceu ortodoxa.
Eles estão em todo o mundo!
O fenómeno me parece vir da Igreja
Católica, demasiado funcional e pouco espiritual.
As pessoas procuram calor humano.
O Catolicismo é frio, dogmático,
~diz e não diz e as pessoas carentes vão aos "vendedores de ilusões" e eles as acarinham, as
manipulam e elas (pessoas - milhares) se deixam influenciar
e se perdem com essa gente.
Há mais! Mas é necessário força
para combater os falsos milagres e
nem todos têm essa força.
Se fanatizam e tudo quanto é fanatismo, de qualquer espécie, está errado e leva o individuo a tudo, inclusivé à morte.
Muito bom o teu grito de revolta.
Volta até mim que escrevo poesia e sou "mansa de coração".
Com ternura, te deixo minha saudade
Mª. Luísa Adães
no
... continuando assim...
mais logo, um novo capítulo
um obrigada a quem segue (porque só vale a pena assim).
Um especial convite, para quem ainda não mergulhou naquela história.
...é só uma história, apenas isso.
obrigada
e até logo
Bj
teresa
A minha opinião vai ao de encontro das que li aqui.
Não sei, sinceramente se haveria alguma coisa, ou em que estado mental teria que estar para seguir por esse caminho de pseudo paz e blá, blá, blás que tentam "essas" pessoas impingir (porque é essa a palavra correcta)... a sério, vá lá...
Give me a brake, como é que alguém se despoja de bens essenciais, acabando por prejudicar e preocupar a familia e espera alcançar a paz?!? É puro egoísmo, a meu ver! E "um pau mandado" (ou "maria-vai-com-as-outras") sem pingo de auto estima...
O que existem é muitos espertalhões, com muita lábia, e que sabem dizer exactamente o que a pessoa pensa que precisa ouvir, e aproveitam-se disso!
É uma vergonha, no mínimo!
Beijinho grande e que tudo te corra bem. Torcemos por ti.
AL
Beijinhos
Beijinhos e obrigada.
Gostei bastante e vou ficar por aqui!
Um beijinho
Fê
Beijinhos
***
por acaso vejo a Oprah e vi esse programa mas desde o episódio MacCann que ela perdeu muito, para mim.
beijinhos.
E devo dizer que partilho da tua opinião naquilo que concerne às seitas. Aquilo não passa de uma ilusão. Choca-me ver que há pessoas que dão tudo o quanto possuem por uma suposta salvação... Que abdicam da familia e, principalmente, de si mesmas.
Bjx
É o primeiro comentário que aqui trago e faço-o com a emoção que compreende, depois de ter visto a transcrição deste texto no seu novo blog Sempre Jovens.
O que nos deve amedrontar mais não são as exaltações dos «maus» mas o silêncio dos «bons», dos «bem comportados» que, como ovelhas abúlicas, aceitam a exploração pacificamente, impassivelmente, sem o mínimo gesto da «indignação» a que Mário Soares repetidamente se referia, depois de deixar de ser PR.
Quando as pessoas despertam da sonolência que lhes foi induzida, podem ser pouco serenas, mas é preferível correr alguns riscos do que deixar que continuadamente sejam exploradas na sua inocência anestesiada. A Tunísia e o Egito deram exemplo de um povo evoluído, inteligente e sereno e de governantes que mostraram compreender que o seu dever não era de esmagar o povo, cortar pela raiz a sua vontade de liberdade e a sua própria vida, ao contrário do que está a acontecer, criminosamente, na Líbia.
Ninguém é de ninguém. Ninguém se deve deixar amarrar, a ponto de não poder pensar e escolher o que é melhor e rejeitar a opressão e aqueles que só pensam nos seus próprios benefícios e vaidades. Ninguém tem o direito de submeter uma nação, aplicando-lhe pesticidas como se os cidadãos fossem micróbios que lhe estragassem a sua seara pessoal.
Cara Brown Eyes, prevejo e desejo que tenha o maior êxito na sua nova equipa que, sem dúvida, a vai apreciar e receber com carinho. Leve para lá as belas reflexões filosóficas contidas no «Just a Woman» que merecem ser apreciadas e que, agora, dispõem de uma nova montra, onde contribuirá para melhorar a humanidade neste momento histórico em que estamos e a entrar.
Desejo-lhe o maior sucesso e que se sinta bem.
Beijos
João
Do Miradouro